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https://repositoriobce.fepecs.edu.br/handle/123456789/498
Tipo: | Módulo |
Título: | Febre, inflamação e infecção: módulo 303: módulo do estudante |
Título(s) alternativo(s): | Módulo 303: febre, inflamação e infecção: módulo do estudante |
Autor(es): | Escola Superior de Ciências da Saúde |
Resumo: | A febre é, sem dúvida, uma das mais antigas e universalmente conhecidas manifestações de doença. Conceitos, ideias e interpretações relativas à febre permeiam a história das antigas civilizações e o pensamento mágico e místico das culturas mais primitivas. Seu importante papel na caracterização da presença de enfermidades, pode ser constatado nos escritos de Hipócrates, em passagens Bíblicas e nas diversas epidemias que assolaram a humanidade. A resposta febril fundamentou e condicionou padrões culturais e comportamentais na sociedade europeia da idade média por ocasião da peste negra e voltou a nortear os costumes da sociedade, no século XIX, por ocasião da epidemia de tuberculose no ocidente, durante o crescimento do industrialismo. A eficiência de diversas campanhas militares foi comprometida em função do aparecimento de surtos de doenças febris em expressivo contingente das corporações. Mais recentemente, a síndrome da imunodeficiência adquirida tem reacendido discussões relativas a padrões de costumes e comportamentos da vida em sociedade, redefinindo padrões éticos e humanitários de convívio social e capitaneando reflexões no mundo inteiro relativas às desigualdades socioculturais no contexto das epidemias em saúde. Seus efeitos devastadores sobre as nações pobres do continente africano e suas alarmantes repercussões sociais e econômicas sobre as nações ricas do hemisfério norte revelaram, diante de um mundo acuado e aterrorizado, um ser humano susceptível, vulnerável e destrutível. De fato, a febre é um dos mais frequentes sinais clínicos encontrados na patologia humana. Tem sido uma preocupação constante na prática clínica desde o começo da Medicina. Progressos em sua compreensão, entretanto, só se tornaram evidentes com o advento da termometria clínica ocorrido no século XIX e com o conhecimento dos mecanismos moleculares de regulação da temperatura corporal do homem, ocorrido nas últimas décadas. A inflamação, desde o século XVIII, deixou de ser entendida como doença, para se consolidar como um importante mecanismo de defesa, frente às inúmeras agressões passíveis de perturbarem o equilíbrio do meio interno. A melhor compreensão da resposta inflamatória permitiu a identificação dos diversos mecanismos, por meio dos quais, as doenças se processavam e a descoberta das bases moleculares da resposta inflamatória, fundamentou as inter-relações entre febre, inflamação e as agressões de natureza infecciosas e não infecciosas sofridas pelo homem. As infecções são as causas mais frequentes de processos febris no ser humano, qualquer que seja o ciclo de vida considerado. Uma diversidade de agentes infecciosos, com mecanismos de agressão bastante peculiares, em um país com dimensões continentais como o Brasil, torna o estudo das doenças infecto parasitárias um desafio permanente, encerrando uma área da medicina empolgante, de extrema importância para prática clínica diária e que ostenta interfaces com todos os ramos da medicina. O terceiro ano do curso de Medicina da ESCS marca o início do estudo das manifestações clínicas das doenças. Partimos de um enfoque direcionado para como as doenças se processam, para uma abordagem centrada no como elas de exteriorizam e em que contextos clínicos diferenciais. É chegado o momento de compreendermos os diversos fenômenos clínicos que acompanham as perturbações do processo saúde doença, onde a resposta febril tem importância capital, seja orientando o diagnóstico, a terapêutica e o prognóstico, ou determinando comportamentos que visam o restabelecimento e recuperação da saúde ora comprometida. Para atingirmos essa compreensão de forma adequada, será necessário o resgate de conhecimentos básicos, veiculados em módulos anteriores, relativos à resposta inflamatória e os mecanismos de defesa orquestrados por células e órgãos do sistema imune. Procuramos, pois, durante a construção do módulo, criar oportunidades para que essa integração básico clínica ocorra, porque entendemos que a mesma é de fundamental importância para a consolidação dos conhecimentos novos introduzidos na série. Além disso, procuramos ensejar discussões relativas ao uso racional de métodos complementares de diagnósticos no processo de investigação das doenças que cursam com febre e inflamação, considerando, além dos aspectos clínicos, seus aspectos epidemiológicos, socioculturais e diagnósticos diferenciais. |
Palavras-chave: | Termorregulação Febre Inflamação aguda Inflamação crônica Microbiologia Infecção Infestação Estudante |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Escola Superior de Ciências da Saúde |
Sigla da Instituição: | ESCS |
Citação: | ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE. Febre, inflamação e infecção: módulo 303: módulo do estudante. Brasília: FEPECS, 2009. 33 p. |
Tipo de Acesso: | Acesso Restrito |
URI: | https://repositorio.fepecs.edu.br:8443/handle/123456789/498 |
Data do documento: | fev-2009 |
Aparece nas coleções: | Módulos 2006 - 2010 |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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Modulo_303_Estudante.pdf Restricted Access | MODULO_ESCS_MED_febreinflamacaoeinfeccao | 180,39 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir Solictar uma cópia |
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