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metadata.dc.type: Dissertação
Title: Uso de probióticos em pacientes queimados: revisão sistemática
Other Titles: Use of probiotics in burn patients: a systematic review
metadata.dc.creator: Ávila, Juliana Elvira Herdy Guerra
metadata.dc.contributor.advisor1: Imoto, Aline Mizusaki
metadata.dc.contributor.advisor2: Amorim, Fábio Ferreira
metadata.dc.contributor.referee1: Salomon, Ana Lúcia Ribeiro
metadata.dc.contributor.referee2: Rodrigues, Márcia Cardoso
metadata.dc.description.resumo: OBJETIVO: O objetivo desta revisão foi avaliar a efetividade do uso de probióticos em pacientes com quadro agudos de queimaduras, incluindo o efeito no tempo de cicatrização das feridas e tempo de internação hospitalar. MÉTODOS: Foram incluídos Ensaios Clínicos Randomizados (ECRs) que avaliaram o efeito do uso de probióticos comparado ao placebo em pacientes com quadros recentes de queimaduras, portadores de feridas não cicatrizadas, independentemente da magnitude ou agente causal. Os desfechos primários avaliados foram: tempo de cicatrização e tempo de internação. Como desfechos secundários considerou-se: desenvolvimento de quadros infecciosos e efeitos adversos (diarreia, constipação, flatulência, vômitos). Foram excluídos estudos que utilizaram outras intervenções como uso de vitaminas ou outros suplementos e estudos em pacientes com feridas já reepitelizadas. A busca por ECRs foi realizada nas seguintes bases de dados: Cochrane Library, LILACS/BVS, PubMed, Embase, Scielo, Literatura cinzenta (Opengrey e Google acadêmico). Além disso, foi realizada busca manual em referências de artigos selecionados. A avaliação do risco de viés foi realizada por meio da Ferramenta da Colaboração Cochrane para avaliação do risco de viés de ensaios clínicos randomizados (RoB 2). A avaliação da qualidade da evidência foi realizada por meio do GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation. RESULTADOS: Um total de 1411 estudos foram encontrados pelas buscas nas bases de dados e dois através de busca manual em listas de referências dos artigos selecionados. 443 foram excluídos por serem duplicatas, restando 970 estudos para serem triados a partir do título e do resumo, processo que eliminou 960 estudos, de modo que dez artigos foram lidos na íntegra para decisão quanto à elegibilidade. Após essa etapa, houve a exclusão de oito deles, sendo selecionados dois estudos para a extração dos dados. O tempo de cicatrização, no estudo de El-Ghazely et al., 2016 foi menor no grupo que utilizou probióticos, com uma média de 16,25 dias (+/- 0,23) em relação ao grupo que utilizou placebo, que apresentou média de 20,7 dias (+/- 0,51). Em média, os pacientes que usaram o probiótico tiveram uma redução do tempo de cicatrização em -4,45 dias (-4,7 a -4,2) IC 95%. Mayes et al., 2015 avaliaram o tempo de cicatrização / superfície corporal queimada e obtiveram uma média de 0,83 (+/- 0,1) no grupo que utilizou probióticos, comparado a 1,02 (+/- 0,1) no grupo controle. Em média, os participantes do grupo que usou o probiótico tiveram uma diferença entre as médias de tempo de cicatrização / SCQ reduzida em -0,19 ( - 0,28 a -0,10) IC 95%. O tempo de internação, no estudo de El-Ghazely et al., 2016 foi menor no grupo que utilizou probióticos, com uma média de 17,25 dias (+- 0,49) em relação ao grupo controle, que apresentou média de 21,9 dias (+ 2,17). Em média, os participantes do grupo que utilizou probiótico tiveram uma redução do tempo de internação de - 4,65 (-5,62 a -36,8) IC 95%. Mayes et al., 2015 avaliaram o tempo de internação / superfície corporal queimada e obtiveram uma média de 1,04 (+/- 0,01) no grupo que utilizou probióticos, comparado a 1,09 (+/- 0,2) no grupo controle. Em média, o grupo que utilizou probiótico apresentou uma diferença entre as médias de - 0,05 (-0,17 a - 0,07) IC 95%. CONCLUSÃO: O tempo de cicatrização e o tempo de internação foram menores no grupo que utilizou probióticos em ambos os estudos analisados, o que do ponto de vista clínico representa uma grande diminuição no risco de desenvolvimento de complicações graves comuns ao paciente queimado. Ambos os desfechos quando reduzidos representam ainda significativa redução em custos relacionados à internação. Em relação ao desenvolvimento de quadros infecciosos e eventos adversos, grandes ensaios clínicos sobre a eficácia e a segurança em grupos maiores ainda são necessários para melhor avaliar os efeitos relacionados a estes desfechos. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada com base na metodologia da Colaboração Cochrane. O protocolo desta revisão foi registrado na plataforma Open Science Framework Registration (OSF) do https://osf.io/dashboard, em 11 de 12 de novembro de 2020, sob o código osf.io/7vnw3.
Abstract: OBJECTIVE: The purpose of this review was to evaluate the effectiveness of probiotics in acute burn patients, including the effect on wound healing time and length of hospital stay. METHODS: Randomized clinical trials (RCTs) that evaluated the effect of probiotics compared to placebo in patients with recent burns and wounds not yet closed, regardless of the magnitude or cause, were included. Healing time and length of hospital stay were the primary outcomes evaluated, development of infectious complications and adverse effects (diarrhea, constipation, flatulence, vomiting) were the secondary outcomes. Studies that used other interventions such as vitamins or supplements and studies in patients with wounds already healed were excluded. The search was performed in the following databases: Cochrane Library, LILACS/ BVS, PubMed, Embase, Scielo, OpenGrey, and Google Scholar. In addition, a manual search was performed in the references of selected articles. The Cochrane Collaboration Tool Risk of bias in randomized trials (RoB 2) was used in the risk of bias assessment. The quality of evidence was assessed according to the Grading of Recommendations, Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). RESULTS: One thousand four hundred eleven studies were found by searching the databases and two from the manual search in the references of selected articles. Four hundred and forty-three duplicates were excluded, and 970 studies were screened based on title and abstract. After this process, 960 studies were excluded, and a full-text read was performed on the remaining ten studies for eligibility. After a full-text read, eight ere excluded, and two studies were selected for data extraction. In the study by El-Ghazely et al. 2016, the healing time decreased in the probiotic group, with a mean of 16.25 days (± 0.23) compared to the placebo group, with a mean of 20.7 days (± 0.51). The healing time decreased in the probiotic group with a mean of -4.45 days (-4.7 to -4.2) 95% CI. Mayes et al. 2015 evaluated the healing time/ total body surface area burn and had a mean of 0.83 (± 0.1) in the probiotic group compared to 1.02 (± 0.1) in the group control. Patients using probiotics had a difference between healing time/ total body surface area burn and decreased with a mean of -0.19 (-0.28 to -0.10) 95% CI. In the study by El-Ghazely et al. 2016, the length of hospital stay decreased in the probiotic group, with a mean of 17.25 days (± 0.49) compared to the control group, with a mean of 21.9 days (±2.17). The length of hospital stay decreased in the probiotic group with a mean of - 4.65 (-5.62 to -36.8) 95% CI. Mayes et al. 2015 evaluated the length of hospital stay/ total body surface area burn and had a mean of 1.04 (± 0.01) in the probiotic group, compared to 1.09 (± 0.2) in the control group. Patients using probiotics had a difference between hospital stay/ total body surface area burn with a mean of -0.05 (-0.17 to -0.07) 95% CI. CONCLUSION: The healing time and length of hospital stay decreased in the probiotic group in both studies analyzed, which from a clinical point of view represents a significant decrease in the risk of developing severe and other various complications leading to higher morbidity and mortality of burn patients. Moreover, when both outcomes decrease, they represent a significant reduction in hospitalization osts. Regarding the development of infectious diseases and adverse events, large clinical trials on efficacy and safety in larger groups are still needed to evaluate the effects of these outcomes better. This is a systematic literature review based on the Cochrane Collaboration methodology. The protocol of this systematic review was registered on the Open Science Framework Registration (OSF) platform at https://osf.io/dashboard, on November 11, 2020, under the code osf.io/7vnw3 and followed the Cochrane Collaboration methodology.
Keywords: Queimaduras
Probióticos
Efetividade
Tratamento
metadata.dc.subject.cnpq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
metadata.dc.language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Escola Superior de Ciências da Saúde
metadata.dc.publisher.initials: ESCS
metadata.dc.publisher.department: Coordenação do Curso de Mestrado e Doutorado
metadata.dc.publisher.program: Programa de Mestrado Acadêmico em Ciência da Saúde
Citation: ÁVILA, J. E. H. G. Uso de probióticos em pacientes queimados: revisão sistemática. 2021. 69 p. Dissertação (Mestrado - apresentado ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências para a Saúde), Escola Superior em Ciências da Saúde - ESCS, Brasília, 2021.
metadata.dc.rights: Acesso Embargado
URI: https://repositoriobce.fepecs.edu.br/handle/123456789/1460
Issue Date: 19-Aug-2021
Appears in Collections:Programa Ciências da Saúde (MACS)

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