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https://repositoriobce.fepecs.edu.br/handle/123456789/1542
Tipo: | Dissertação |
Título: | Lesão renal aguda, mortalidade e necessidade de diálise em pacientes admitidas na unidade de terapia intensiva materna, do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) DF |
Autor(es): | Ferreira, Dilson Palhares |
Primeiro Orientador: | Imoto, Aline Mizusaki |
metadata.dc.contributor.referee1: | Salomon, Ana Lúcia Ribeiro |
metadata.dc.contributor.referee2: | Padua Netto, Marcus Vinicius de |
Resumo: | Introdução: A Lesão Renal Aguda (LRA) associada à gestação pode ser definida como a queda abrupta da função renal durante a gestação ou puerpério e é importante causa de morbi mortalidade materna e fetal. Objetivo: classificar a função renal das pacientes admitidas na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Materno Infantil de Brasília (UTI/HMIB) por meio do critério do KDIGO e correlacioná-lo com a mortalidade materna. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional em que analisaram- se todas as pacientes atendidas na UTI/HMIB, de janeiro de 2014 a abril de 2016, com diagnóstico de LRA. Todas as pacientes com diagnóstico de LRA foram incluídas. Aquelas com diagnóstico de insuficiência renal prévia à gestação ou transplantadas renais foram excluídas. Resultados: De 619 pacientes admitidas na UTI/HMIB durante o período em estudo, a LRA ocorreu em 172 casos (27.8%). A principal etiologia de internação em UTI foi eclampsia (n: 63, 36.6%), pré-eclampsia (n: 39, 22.7%) e sepse (n:27, 15.7%). A hipertensão arterial sistêmica ocorreu em 53 pacientes (30.8%) e 15 tiveram insuficiência cardíaca (8.7%). Em 13 pacientes (7.6%) o pré-natal não foi realizado e 133(71.5%) o tipo de parto foi a cesariana. O tempo de permanência na UTI foi de 7.6 ±10.2 dias e a mortalidade materna foi de 8.7% (n: 15) e a mortalidade do recém-nascido foi de 14.5% (n: 25). Cento e dez pacientes foram classificadas como KDIGO estágio 1 (64%, mortalidade de 0.9%), 43 como KDIGO estágio 2 (20.9%, mortalidade de 11.1%) e 22 pacientes como KDIGO 3 (15.1%, mortalidade de 38.5%). Na avaliação de sobrevida em 28 dias houve diferença, estatisticamente significante, entre os estágios do KDIGO (p<0.0001). Com relação à hemodiálise 13 pacientes (7.6%) necessitaram da terapia. Estes apresentaram maior APACHE II (26±8 vs 11±6, p<0,001), mais necessidade de ventilação mecânica invasiva (92.3% vs 24,1%, p<0,0001), mais necessidade de droga vasoativa (92.3% vs 11.9%, p<0.0001) e maior necessidade de hemoderivados (53.8% vs 6.9%). Além disso, os pacientes que necessitaram de hemodiálise apresentaram menor pressão arterial média na admissão à UTI (66 ±25 vs 93±21 mmHg, p<0.0001) e menor utilização de terapia com sulfato de magnésio 7.7% vs 74.2%, p<0.0001). Nenhum paciente classificado em KDIGO estágio 3 que ficou em tratamento conservador para terapia renal substitutiva evoluiu para o óbito. Conclusão: A classificação de LRA associada à gestação, utilizando os critérios do KDIGO, relacionaram se diretamente com mortalidade, especialmente, nas pacientes que necessitaram de terapia renal substitutiva. Isso reforça a importância da indicação de diálise no momento adequado, bem como classificar a LRA, especialmente, nas pacientes críticas, pois isso possibilita inferir prognóstico. O APACHE II, SOFA escore, necessidade de ventilação mecânica invasiva, utilização de vasopressores e hemotransfusão foram maiores no subgrupo que necessitou de hemodiálise. Já as pacientes com maior pressão arterial média na admissão e maior utilização de terapia com sulfato de magnésio não necessitaram de hemodiálise. |
Abstract: | Introduction: Pregnancy-related acute kidney injury (AKI) can be defined as the abrupt decline of renal function during pregnancy or postpartum period. It’s important cause of maternal and fetal morbidity and mortality. We attempted to classify the renal function of patients admitted to a maternal intensive care unit by KDIGO Criteria and to evaluate the impact of each category on mortality in a maternal ICU. Materials and Methods: This was a retrospective analysis of observational data prospectively collected from January 2014 to April 2016 in the maternal ICU/HMIB, Brasília, Federal District, Brazil. All consecutive patients diagnosed with AKI were included. Patients with a previous diagnosis of renal failure prior to pregnancy or kidney transplantation were excluded. Results: From a total of 619 patients admitted in the ICU during the study period, pregnancy related AKI was present in 172 cases (27.8%). The major causes of ICU admission were eclampsia (n=63, 36.6%), preeclampsia (n=39, 22.7%) and sepsis (n=27, 15.7%). Fifty-three patients had prior arterial systemic hypertension (30.8%) and 15 had heart failure (8.7%). Thirteen parturients received no prenatal care (7.6%) and 133 had cesarian delivery (71.5%). ICU length of stay was 7.6±10.2 days and ICU maternal mortality was 8.7% (n=15), and newborn mortality was 14.5% (n=25). One hundred ten patients were classified as KDIGO 1 (64.0%, ICU mortality rate of 0.9%), 43 as KDIGO 2 (20.9%, ICU mortality rate of 11.1%), and 22 patients as KDIGO 3 (15.1%, ICU mortality rate of 38.5%). Significant difference was observed in the Kaplan–Meier survival curves among KDIGO stages at 28 days, P = 0.00. Thirteen patients needed HD (7.6%). These patients showed greater APACHE II (26±8 vs. 11±6, P = 0.00), need for invasive mechanical ventilation (IMV 92.3% vs. 24.1%, P = 0.00), use of vasopressors (92.3% vs. 11.9%, P = 0.00) and use of blood products transfusion (53.8% vs. 6.9%). Furthermore, patients required HD had lower mean artery pressure at admission (66±25 vs. 93±21 mmHg, P = 0.00) and use of magnesium sulfate therapy (7.7% vs. 74.2%, P = 0.00). None of patients with conservative renal treatment classified as KDIGO stage 3 evolved to death. These aspects reinforce the importance of indication of renal replacement therapy at the appropriate time, as well as to classify AKI, specially, in critical ill patients, since this makes it possible for predict prognosis. Conclusion: KDIGO Criteria was directly related to mortality in the pregnancy-related AKI, notably those who needed renal replacement therapy.In pregnancy related AKI, higher APACHE II, higher SOFA score, lower mean artery pressure, need for IMV, use of vasopressors and use of blood products transfusion were associated with need for HD. Besides, patients that used magnesium sulfate therapy had lower need for HD. |
Palavras-chave: | Injuria renal aguda Morte materna Gravidez Unidades de terapia intensiva |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Escola Superior de Ciências da Saúde |
Sigla da Instituição: | ESCS |
Departamento: | Gerência do Curso de Mestrado e Doutorado |
Citação: | FERREIRA, D. P. Lesão renal aguda, mortalidade e necessidade de diálise em pacientes admitidas na unidade de terapia intensiva materna, do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) DF. 2017. 57 p. Dissertação (Mestrado - apresentado ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências para a Saúde), Escola Superior em Ciências da Saúde - ESCS, Brasília, 2017. |
Tipo de Acesso: | Acesso Embargado |
URI: | https://repositoriobce.fepecs.edu.br/handle/123456789/1542 |
Data do documento: | 3-mar-2017 |
Aparece nas coleções: | Programa Ciências para a Saúde (MPCS) |
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