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Tipo: Dissertação
Título: Complicações neonatais e maternas relacionadas à hipertensão em festações de desfecho prematuro: um estudo de coorte
Autor(es): Moreira, Alessandra de Cássia Gonçalves
Primeiro Orientador: Oliveira, Maria Liz Cunha de
Segundo Orientador: Margotto, Paulo Roberto
metadata.dc.contributor.referee1: Santana, Alfredo Nicodemos da Cruz
metadata.dc.contributor.referee2: Souza, Lesliê Capoulade Nogueira Arrais de
Resumo: Introdução: A prematuridade é comum em gestações complicadas por hipertensão. No entanto, os estudos referentes ao desfecho da criança prematura nascida de mães hipertensas são conflitantes. Estudos referentes à qualidade do cuidado pré-natal dispensado às gestantes hipertensas também são escassos e preocupantes, pois revelam a baixa qualidade do atendimento nesse grupo de risco. Objetivo: Analisar a associação da Síndrome Hipertensiva Gestacional (SHG) e outros fatores de risco com a ocorrência de complicações neonatais como Leucomalácia Periventricular, Displasia Broncopulmonar, Retinopatia da Prematuridade e óbito (Artigo 1) e descrever e avaliar o impacto da qualidade do acesso ao pré-natal, sobre o tempo de internação e a ocorrência de desfechos maternos e neonatais desfavoráveis (Artigo 2). Método: Estudo observacional, prospectivo de recém-nascidos únicos, prematuros e sem comorbidades, além da hipertensão, no período de novembro/2013 a setembro/2017. O local do estudo foi o Hospital Materno Infantil - HMIB do DF, um hospital público, de referência para atendimento de casos de alta complexidade relacionados à pediatria e à ginecologia/obstetrícia. Após aplicação dos critérios de exclusão, restaram 1.191 prematuros com idade gestacional (IG) entre 24 e 36 semanas e 6 dias. Para o estudo dos desfechos neonatais, levando-se em consideração a presença ou a ausência de hipertensão e outros fatores de risco (Artigo 1), a amostra foi estratificada por peso abaixo de 1.500g (n = 273). Para a análise dos desfechos maternos e neonatais na presença ou ausência de pré-natal adequado (Artigo 2), foram selecionadas apenas as gestantes hipertensas (n = 261). Foi utilizado o índice de Kessner para classificação do acesso ao pré-natal como adequado ou não adequado (intermediário ou inadequado), delimitando assim os grupos de estudo do Artigo 2. Os dados foram obtidos a partir de entrevista, cartão da gestante e prontuário eletrônico. Na análise estatística, utilizou-se o t-Test ou Mann-Whitney, ANOVA, chi quadrado, cálculo de risco e intervalos de confiança (IC) a 95%. Após análise bivariada de comparação das frequências e médias referentes aos desfechos neonatais entre os grupos de estudo, foram conduzidas para regressão logística multivariada as variáveis independentes com p-valor < 0,20 na análise univariada. Resultados: A SHG não foi confirmada como fator de risco para a mortalidade ou para os desfechos desfavoráveis no período neonatal. Embora a cobertura tenha sido satisfatória (98%), apenas 35% das gestantes hipertensas tiveram acesso adequado ao pré-natal. Fatores de risco como mau passado obstétrico e gestação na adolescência não garantiram melhor acesso ao pré-natal. Os filhos de gestantes hipertensas com pré-natal adequado, a princípio considerado como grupo-controle, foram mais prematuros, mais suscetíveis a nascer com muito baixo peso (< 1.500g) e morreram mais que os filhos de gestantes sem pré-natal adequado. Displasia broncopulmonar, hemorragia cerebral, Apgar <7 no 1º minuto e óbito neonatal foram mais frequentes nos recém-nascidos com pré-natal adequado, mas se relacionaram apenas com a prematuridade após análise multivariada. Não houve óbito materno e o tempo de internação e ocorrência de eclampsia e HELLP foi semelhante entre os grupos. Conclusões: A SHG não acrescentou risco ao desfecho neonatal. Em contraste ao que se observa em gestações de risco habitual, o acesso adequado ao pré-natal não foi capaz de garantir melhor desfecho aos filhos prematuros de gestantes hipertensas. É preciso aprofundar com urgência a análise da qualidade da assistência pré-natal e ao parto de gestantes hipertensas direcionadas ao atendimento em unidade terciária do DF para interrupção prematura da gestação.
Abstract: Introduction: Prematurity is common in pregnancies complicated by hypertension. However, studies concerning the outcome of premature children born to hypertensive mothers are conflicting. Studies regarding the quality of prenatal care given to hypertensive pregnant women are also scarce and worrying, as they reveal the poor quality of care in this risk group. Objective: To analyze the association of GH and other risk factors with the occurrence of neonatal complications such as periventricular leukomalacia, bronchopulmonary dysplasia, retinopathy of prematurity and death (Article 1) and to describe and evaluate the impact of quality of access to prenatal care, length of hospital stay and the occurrence of unfavorable maternal and neonatal outcomes (Article 2). Method: Observational, prospective study of single, preterm and comorbid newborns, in addition to hypertension, from November / 2013 to September / 2017. The study site was the Hospital Materno Infantil - HMIB in the Federal District, a public hospital, a reference hospital for high complexity cases related to pediatrics and obstetrics and gynecology. After applying the exclusion criteria, there were 1,191 preterm infants with gestational age (GA) between 24 and 36 weeks and 6 days. For the study of neonatal outcomes, taking into account the presence or absence of hypertension and other risk factors (Article 1), the sample was stratified by weight below 1,500g (n = 273). For the analysis of maternal and neonatal outcomes in the presence or absence of adequate prenatal care (Article 2), only hypertensive pregnant women (n = 261) were selected. The Kessner index was used to classify access to prenatal care as adequate or inadequate (intermediate or inadequate), thus delimiting the study groups of Article 2. The data were obtained from an interview, a pregnant woman's card and an electronic medical record . In the statistical analysis, t-Test or Mann-Whitney, ANOVA, chi square, risk calculation and 95% confidence intervals (CI) were used. After a bivariate analysis of the frequencies and averages of the neonatal outcomes between the study groups, the independent variables with p-value < 0.20 in the univariate analysis were conducted for multivariate logistic regression. Results: SHG was not confirmed as a risk factor for mortality or unfavorable outcomes in the neonatal period. Although coverage was satisfactory (98%), only 35% of hypertensive pregnant women had adequate prenatal access. Risk factors such as poor obstetrical past and gestation in adolescence did not guarantee better access to prenatal care. The children of hypertensive pregnant women with adequate prenatal care, initially considered as a control group, were more preterm, more likely to be born with very low birth weight (<1,500g) and died more than the children of pregnant women without adequate prenatal care. Bronchopulmonary dysplasia, cerebral haemorrhage, Apgar <7 at 1 minute, and neonatal death were more frequent in newborns with adequate prenatal care, but were only related to prematurity after multivariate analysis. There was no maternal death and the time of hospitalization and occurrence of eclampsia and HELLP was similar between the groups. Conclusions: SHG did not add risk to neonatal outcome. In contrast to what is observed in pregnancies of normal risk, adequate access to prenatal care was not able to guarantee a better outcome for preterm infants of hypertensive pregnant women. The analysis of the quality of prenatal care and the delivery of hypertensive pregnant women directed to care in the tertiary unit of the DF for premature termination of gestation must be intensified.
Palavras-chave: Hipertensão induzida pela gravidez
Prematuro
Mortalidade
Desfecho
Cuidado pré-natal
Qualidade de asssitência à saúde
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Escola Superior de Ciências da Saúde
Sigla da Instituição: ESCS
Departamento: Gerência do Curso de Mestrado e Doutorado
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-graduação em Mestrado Profissional em Ciências para a Saúde
Citação: MOREIRA, A. C. G. Complicações neonatais e maternas relacionadas à hipertensão em gestações de desfecho prematuro: um estudo de coorte. 2018. 104 p. Dissertação (Mestrado - apresentado ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências para a Saúde), Escola Superior em Ciências da Saúde - ESCS, Brasília, 2018.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositoriobce.fepecs.edu.br/handle/123456789/1500
Data do documento: 6-ago-2018
Aparece nas coleções:Programa Ciências para a Saúde (MPCS)

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