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Tipo: Dissertação
Título: Método Ponseti no tratamento do pé torto congênito idiopático em um serviço de assistência pública à saúde
Autor(es): Brito, André Thiago Scandiuzzi de
Primeiro Orientador: Reis, Carmélia Matos Santiago
Segundo Orientador: Novaes, Maria Rita Carvalho Garbi
metadata.dc.contributor.referee1: Imoto, Aline Mizusaki
metadata.dc.contributor.referee2: Santos, Alexandre Leme Godoy dos
Resumo: Introdução: O Pé Torto Congênito (PTC) é a deformidade musculoesquelética congênita mais frequente no ser humano. O tratamento inadequado pode levar a limitações funcionais graves na vida adulta e redução da qualidade de vida. O Método de Ponseti, uma abordagem minimamente invasiva, tem demonstrado sucesso globalmente, mas dados sobre sua eficácia em serviços públicos de saúde no Brasil ainda são escassos. Objetivo: Avaliar a efetividade do método Ponseti no tratamento do PTC idiopático em um serviço público de assistência médica à saúde. Método: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo longitudinal com indivíduos admitidos até 2 anos de idade no hospital de Brasília da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação no período entre 1997 e 2023. Coletaram-se dados epidemiológicos e avaliou-se a aplicação do método Ponseti por meio das taxas de recidiva, das deformidades residuais e da escala modificada de Laaveg-Ponseti em dois momentos: 2009 a 2017, com o uso de órtese tornozelo-pé (OTP) e, de 2017 a 2023, com o uso de órtese de abdução. Resultados: De 1997 a 2009, 1.386 indivíduos foram tratados com o método tradicional e 93,5% submetidos a cirurgia de liberação póstero medial. De 2009 a 2023, 552 foram submetidos ao método Ponseti, destes 72,7% do sexo masculino, 27,3% do sexo feminino e 52,5% com acometimento bilateral, perfazendo 842 pés tratados. A classificação de Pirani foi utilizada de 2017 a 2023, com média de 5,5 na admissão.92,5% dos casos fizeram tenotomia de calcâneo após as trocas de gesso. O tempo de seguimento médio foi de 10,3 anos no primeiro período e de 5,3 no último. Comparandose os grupos OTP e órtese de abdução, encontrou-se p-valor<0,05 para recidiva (71,9% contra 31,2%), p-valor<0,05 Laaveg modificado (bom/excelente 69,3% contra 81,8%), pvalor< 0,05 deformidade residual (67,7% contra 43%). Conclusão: O método Ponseti mostrou-se eficaz na correção do PTC idiopático, condizente com a literatura existente. O uso da OTP resulta em mais recidiva, deformidade residual e pior função, sendo indicado o uso da órtese de abdução de rotina.
Abstract: Introduction: Congenital Clubfoot (CF) is the most common congenital musculoskeletal deformity in humans. Inadequate treatment can lead to severe functional limitations in adulthood and reduced quality of life. The Ponseti Method, a minimally invasive approach, has demonstrated global success, but data on its effectiveness in public healthcare services in Brazil are still sparse. Objective: To evaluate the effectiveness of the Ponseti method in the treatment of idiopathic CF in a public medical assistance healthcare service. Method: A retrospective longitudinal cohort study was conducted with individuals admitted up to 2 years of age at the Brasília hospital of the Sarah Rehabilitation Hospitals Network between January 6, 1997, and November 22, 2023. Epidemiological data were collected, and the application of the Ponseti method was evaluated in two periods: 2009-2017, with the use of ankle-foot orthosis (AFO), and 2017-2023, with the use of abduction orthosis. Results were assessed using recurrence rates, residual deformities, and the modified Laaveg-Ponseti scale. Results: From 1997-2009, 1,386 individuals were treated with the traditional method, with 93.5% undergoing posteromedial surgery. From 2009-2023, 552 individuals underwent the Ponseti method, comprising 72.7% male, 27.3% female, and 52.5% with bilateral involvement, totaling 842 treated feet. The Pirani classification was used from 2017-2023, with an average score of 5.5 at admission. 92.5% of cases underwent Achilles tenotomy after cast changes. The mean follow-up time was 10.3 years in the first period and 5.3 years in the latter, with an average number of cast changes of 7.4 and 6.2, respectively. Comparing the AFO and abduction orthosis groups, a p-value< 0.05 was found for recurrence (71.9% vs. 31.2%), a p-value< 0.05 for modified Laaveg (good/excellent 69.3% vs. 81.8%), and a p-value < 0.05 for residual deformity (67.7% vs. 43%). Conclusion: The Ponseti method is effective in correcting CF, consistent with existing literature. The use of AFO results in more recurrence, residual deformity, and worse functionality, thus advocating for the routine use of abduction orthosis.
Palavras-chave: Pé torto equinovaro
Pé torto equinovaro congênito
Talipes equinovaru
Deformidade músculo esquelética
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Escola Superior de Ciências da Saúde
Sigla da Instituição: ESCS
Departamento: Gerência do Curso de Mestrado e Doutorado
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-graduação em Mestrado Acadêmico em Ciências da Saúde
Citação: BRITO, A. T. S. O uso do método Ponseti no tratamento do pé torto congênito e idiopático em um serviço de assistência pública à saúde. 2025. 129 p. Dissertação (Mestrado - apresentado ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências para a Saúde), Escola Superior em Ciências da Saúde - ESCS, Universidade do Distrito Federal, Brasília, 2025.
Tipo de Acesso: Acesso Embargado
URI: https://repositoriobce.fepecs.edu.br/handle/123456789/1591
Data do documento: 25-set-2025
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